O que há debaixo dos pés da população carioca, que não se vê e também faz o Rio pulsar?

O subsolo carioca guarda mais do que tubos e cabos. Há histórias de rios ocultos, estações fantasmas de metrô, túneis da época do Império e até abrigos militares secretos.
Os rios que correm debaixo da cidade
Você sabia que há dezenas de rios soterrados no Rio? Um dos principais é o Rio Carioca, que nasce no Parque Lage, passa sob o bairro das Laranjeiras e só reaparece na Praia do Flamengo. Há também o Rio Berquó, no Centro, e o Rio Trapicheiros, na Tijuca.
Esses rios foram canalizados nas primeiras décadas do século XX, quando a cidade crescia e precisava “abrir espaço”. O problema é que, em dias de chuva forte, eles transbordam — debaixo das ruas — provocando enchentes inesperadas.
Túneis e estações ocultas
Circula uma lenda entre os metroviários: a existência de uma estação-fantasma entre Flamengo e Botafogo. Oficialmente, ela nunca foi finalizada, mas há relatos de operários que viram obras subterrâneas sem uso.
Já no Centro, existe uma rede de túneis subterrâneos ligando prédios públicos, como o Palácio Duque de Caxias ao Tribunal de Justiça. Esses túneis teriam sido reforçados durante a ditadura militar para servir como rota de fuga.
O esgoto do século XIX ainda está entre nós
Grande parte da rede de esgoto do Rio é ultrapassada. Tubulações do século XIX ainda estão ativas, especialmente nos bairros históricos. A sobrecarga é constante, e o risco de colapsos e vazamentos cresce ano após ano.
Precisamos conhecer o que está por baixo
Urbanistas defendem mais investimentos em mapeamento e renovação do subsolo. Afinal, o futuro de uma cidade começa no que está escondido.









