Fantasmas, acidentes e superstições urbanas: os mistérios e lendas que permeiam o nome do mais famoso túnel carioca, que carrega histórias além do concreto.

Inaugurado em 1967, o Túnel Rebouças é um dos principais e mais longos túneis urbanos do Brasil, com quase 3 quilômetros de extensão, conectando o bairro do Rio Comprido à Lagoa. Batizado em homenagem aos irmãos Rebouças, engenheiros abolicionistas do século XIX, ele desempenha um papel vital na mobilidade carioca.
Mas o que muita gente não sabe é que o túnel é também cenário de lendas urbanas que há décadas alimentam a imaginação popular.
Relatos que assustam
Taxistas e motoristas que circulam pelo túnel nas madrugadas contam histórias que parecem roteiro de filme: vultos atravessando as pistas, vozes misteriosas, gritos que ecoam sem origem. Há quem diga que avistou uma mulher vestida de branco no acostamento — sempre de costas, imóvel, como uma aparição.
Essas histórias são tantas que geraram até mesmo reportagens de TV. Alguns motoristas evitam atravessar o túnel sozinho à noite, principalmente na madrugada, entre 2h e 4h. Há relatos até de carros que pararam de funcionar repentinamente no meio da via, sem explicação técnica.
Acidentes misteriosos
Embora seja um túnel bem iluminado, o Rebouças já foi palco de muitos acidentes — inclusive colisões entre carros em horários de pouco movimento, o que intriga até os agentes de trânsito. Não há como ignorar que a estrutura longa, abafada e com curvas sinuosas contribui para confusão e distração, mas há quem diga que “há algo mais ali”.
Lendas ou alucinação?
Especialistas explicam que o ambiente escuro e confinado de túneis pode provocar alucinações sensoriais em motoristas cansados. O próprio zumbido das rodas e a reverberação dos motores criam sons que se confundem com vozes ou suspiros. Mas, como dizem os antigos: “não se mexe com o que não se entende”.
O Rebouças faz parte do imaginário carioca
Assim como o Edifício Joelma em São Paulo e o Viaduto do Chá, o Túnel Rebouças ganhou status de “assombrado” no folclore urbano. Mesmo sem provas concretas, os relatos continuam. Seja mito ou verdade, o Rebouças é mais do que um túnel — é um personagem da cidade.









