No bairro, milhares de pessoas já foram vacinadas e milhões de doses da vacina estão para chegar ao estado. Agora, basta o morador se comportar.

O final feliz está próximo. Na dinâmica das filas dos postos de vacinação dos bairros da zona sul e da Grande Tijuca percebe-se que a população, aos poucos, já está sendo imunizada, e com milhões de doses já a caminho das cidades.

Mas, apesar de próximo, esse final feliz ainda não chegou. Falta ainda um pedaço do caminho a ser percorrido e a população precisa se cuidar mais. A reportagem de fevereiro do jornal Correio Carioca da zona sul alertou que a “conta” do desrespeito de jovens às normas de segurança no período do carnaval chegaria, como chegou. Lembramos também que o transporte público leva diariamente uma multidão de pessoas de diferentes regiões aos bairros da Grande Tijuca e da zona sul. Portanto, a ordem das autoridades de saúde é que população redobre seus cuidados nesta reta final.

ESPERANÇA

O mais difícil já aconteceu. Há um ano, a simples existência da vacina era um sonho distante. Hoje, é uma questão de tempo para que todos sejam vacinados. A cada dia, milhares de pessoas recebem a picadinha no braço e milhares de idosos já podem se dizer livres da doença, por terem recebido as duas doses. Com relação a isso, um dado pouco falado é que, devido aos mais velhos serem priorizados, a tendência é que haja uma rápida melhora no quadro geral do país. “Os idosos formam a grande maioria dos casos graves que exigem internação. Quanto mais forem vacinados, e eles são os primeiros da lista, a tendência natural é que haja uma redução rápida na quantidade de mortes, de uso de UTI e de internações”, lembrou o jornalista e analista social Fernando de Andrade.

O calendário de vacinação da prefeitura tem sido seguido corretamente e, apesar de algumas dificuldades e atrasos, está funcionando perfeitamente. Os postos dos bairros têm ficado bastante movimentados, apenas com algumas pequenas filas, mas respeitando o distanciamento social e as normas de segurança.

CUIDADO REDOBRADO Por outro lado, o vírus continua “trabalhando”. “Talvez muitas donas de casa que não tenham a oportunidade de viajar de trem ou de BRT pela zona oeste ou baixada fluminense não saibam que, além desses transportes transitarem lotados, não são raros aqueles que não usam máscara, como todos os vendedores ambulantes que circulam por estes veículos. E adivinha qual o destino final dessas pessoas? Zona sul, Grande Tijuca, Barra”, narrou Andrade. Ele ainda completou que “Há uma grande diferença cultural entre moradores de bairros mais humildes e de bairros mais desenvolvidos, como este. Não sabemos exatamente a razão, mas em algumas localidades e comunidades as pessoas simplesmente não usam máscaras nas ruas e muita gente que vai para a zona sul é dessas áreas, que vão trabalhar nos supermercados, farmácias, padarias, como entregadores. Por isso é fundamental o morador continuar se protegendo até ser imunizado”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.