Infecções urinárias e cálculos renais aumentam com menor consumo de água

Na minha época era preciso uma agenda cheia de clipes para demonstrar que eu já estava na adolescência, hoje tudo está no virtual. São vários os sites para que você esteja em contato e diga o que está fazendo da sua vida. Se antes era exatamente isso que os adolescentes mais detestavam, hoje que os adultos estão gostando dessa brincadeira. Mas que relações são essas mediadas pela internet? O encontro que acontece ali é informatizado, superficializando a intimidade. No virtual, não que eu não seja aquilo, mas ninguém precisa saber quem sou e um dos nossos sentidos mais fundamentais, a imaginação é bem alimentado pela internet. Tanto que a ferramenta dos sites de relacionamento é o visual que permite o início da libido, estímulando a atração. Fotos de pessoas lindas e sorridentes te esperam, basta fazer a sua parte e se cadastrar: digite o número do seu cartão de crédito e fature vários encontros com pessoas interessantes, claro. Acontece, como disse uma vez Lulu Santos, o mundo lá fora num instante te devora e na vida real não é bem assim que acontece.

Claro que se não fosse a internet ficaríamos sem conhecer muita coisa. Mas, ao mesmo tempo que ela é capaz de nos passar dados de realidade, nos fala também de um lugar reservado para a fantasia onde seres que se virtualizam em photoshops das próprias vidas. Cria-se o mundo que se quer e usa-o como se existisse. Além disso, a internet é um veículo moderno e seguro. Você não precisa sair de casa ou passar pelo teste do bafômetro. Mas, ainda assim a ansiedade do 1º encontro persiste. Os “a dois” precisam de contato verdadeiro, num ambiente bem diferente daquele controlado do virtual. É preciso sair de lá e entrar no aqui. É preciso tocar a pele, olhar os olhos, sentir o cheiro. Deixando que duas mãos se encontrem sem que seja ao som de um teclado. É preciso saber de si, segurar um papo frente a frente porque ali não adianta bloquear ou fazer de conta que a conexão caiu.

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