Com o verão mais quente das últimas décadas e as temperaturas batendo sucessivos recordes de calor, a gente perde a vontade de comer e só consegue pensar em líquidos e num bom sorvete.

Lá se vão mais de 3.000 anos desde que alguém, possivelmente na China, descobriu que a mistura de frutas e neve dava um ótimo resultado. Hieróglifos egípcios já retratavam vasos com neve próximos a recipientes contendo suco de frutas, e o imperador Nero era um grande “criador” de sabores, mandando buscar neve nos Apeninos para misturar com mel e vinho.

A invenção se espalhou – segundo alguns, graças a comerciantes árabes, enquanto outros acreditam que foi Marco Polo quem levou para a corte italiana do século XIII a técnica para o fabrico do sorvete. Mais tarde, a nobre florentina Catarina de Médici casou-se com Henrique II da França e levou para aquele país uma equipe de chefs italianos, que apresentaram aos nobres franceses as receitas desenvolvidas durante tantos anos.

Em 1686 o italiano Francesco Procopio abriu em Paris o café Procopio, primeiro estabelecimento a servir sorvetes para o grande público. O sorvete seguiu popular no século XVII, com receitas publicadas em livros, e assim chegou à América. A primeira sorveteria dos EUA foi inaugurada em Nova York em 1776.

No Brasil, registra-se a chegada de um navio americano em 1834. Abarrotado de gelo, ele tinha por objetivo apresentar o sorvete aos cariocas, primeiros a conhecer a iguaria. Uma curiosidade: como não havia meios de conservar o sorvete, a sorveteria anunciava a hora em que ele ficaria pronto, quando então tinha de ser inteiramente consumido.

No século XIX, com o advento das máquinas, tornou-se possível fabricar em escala industrial e aprimorar a produção, até chegar aos sabores e texturas que refrescam nossos dias de calor.

Nádia Lamashttp://vieirasetrufas.blogspot.com/

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