Difícil imaginar um McDonald´s que não venda hambúrguer, mas é assim na Índia, já que os hindus, grupo religioso predominante no país, não podem sequer ver outras pessoas ingerindo uma dieta não vegetariana na presença deles. Ah, os hindus também são proibidos de tocar na carne, embora alguns comam peixe e frango. Na Índia também existe um grupo de pessoas que não come carne nem ovo, mas consome leite.
Já os adeptos do islamismo não consomem nem bebidas alcoólicas nem a carne de diversos animais, como porcos, javalis, frutos do mar (à exceção de peixes com escama e camarões). Os alimentos permitidos são considerados “halal”, palavra que em árabe significa “permitido”. Os alimentos não permitidos são chamados de “haram”, que se traduz como “proibido, desautorizado”. No Ramadã, nono mês do calendário muçulmano, é proibido comer e beber entre o nascer e o pôr do sol, ou seja, durante o dia.
Na religião judaica, os alimentos apropriados são chamados de “kosher”, em oposição aos alimentos impróprios ou “taref”. Algumas proibições são as mesmas do islamismo, mas existem regras para o abate e o manuseio dos alimentos, como não misturar carne e leite, por exemplo. O consumo de animais que não ruminam (ex. porcos) ou que não têm o casco fendido (ex. camelos) não é permitido.
Muitos budistas são veganos por defenderem uma existência não violenta, na qual não se causa nenhum tipo de dano a outro ser vivo. Entre os católicos, a restrição alimentar ocorre na quaresma, o período de 40 dias após o Carnaval (descontados os domingos). Na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira da Semana Santa, não se recomenda o consumo de carne bovina. Os jejuns e as abstinências alimentares são uma espécie de penitência da qual se sai fortalecido para avançar na caminhada rumo ao avanço espiritual. Nádia Lamas | http://vieirasetrufas.blogspot.com