Mudança de candidato às “vésperas” das eleições americanas, demonstra o despreparo dos Democratas, a oposição de Trump. Confira como funcionam as eleições americanas, um evento que pode mudar a vida de todo o mundo.

Já no próximo dia 5 de novembro, os Estados Unidos, a nação mais poderosa do mundo, escolherá seu novo presidente, e isso pode mudar a vida de todos os habitantes do planeta de alguma maneira, afinal, não há nação que não tenha relação com o Tio Sam, seja a favor ou contra. E tão perto dessa data tão importante, ocorreu uma mudança significativa: no último dia 21, o atual presidente e então candidato Joe Biden anunciou sua desistência e afirmou que vai apoiar a vice-presidente Kamala Harris. Porém, o formato de disputa é complicado, demorado, manual e completamente diferente do brasileiro. Mas, afinal, como funcionam as eleições americanas?
As eleições para presidente dos Estados Unidos são um processo detalhado e único, envolvendo várias etapas que culminam na escolha do líder do país. A primeira fase das eleições presidenciais são as primárias e os caucuses. Estes são realizados em cada estado e são processos onde os partidos Democrata e Republicano escolhem seus candidatos à presidência. As primárias são votações internas onde os eleitores escolhem delegados que apoiarão um candidato específico na convenção nacional do partido. Já os caucuses são reuniões locais onde os membros do partido discutem e votam em seus candidatos preferidos.
Após as primárias e os caucuses, os partidos realizam suas convenções nacionais, eventos importantes onde os delegados votam para indicar oficialmente o candidato do partido à presidência. Durante essas convenções, os partidos também escolhem seus candidatos a vice-presidente. Uma vez indicados, os candidatos à presidência e vice-presidência iniciam suas campanhas eleitorais, viajando pelo país, participando de debates e realizando comícios para convencer os eleitores a votarem neles.
A eleição geral acontece na primeira terça-feira após a primeira segunda-feira de novembro. Neste dia, os eleitores americanos vão às urnas para votar em seus candidatos preferidos. No entanto, o vencedor da eleição presidencial não é determinado diretamente pelo voto popular. Em vez disso, os Estados Unidos utilizam um sistema chamado Colégio Eleitoral.
O Colégio Eleitoral é composto por eleitores de cada estado, cujo número é igual ao total de seus representantes no Congresso (senadores mais deputados). A maioria dos estados adota um sistema “winner-takes-all”, no qual o candidato que ganha a maioria dos votos populares no estado recebe todos os votos do Colégio Eleitoral daquele estado. Apenas Maine e Nebraska utilizam um sistema proporcional.
Após a eleição geral, os eleitores do Colégio Eleitoral se reúnem em dezembro em seus respectivos estados para votar formalmente no presidente e no vice-presidente. Em janeiro, esses votos são contados em uma sessão conjunta do Congresso. O candidato que recebe a maioria dos votos do Colégio Eleitoral, pelo menos 270 de um total de 538, é declarado presidente eleito.
Existem casos especiais a serem considerados. Se nenhum candidato alcançar a maioria dos votos do Colégio Eleitoral, a eleição é decidida pela Câmara dos Representantes, que escolhe o presidente entre os três candidatos mais votados. O Senado, por sua vez, escolhe o vice-presidente entre os dois candidatos mais votados.
Casos históricos ilustram a importância do Colégio Eleitoral. Em 2000, a eleição entre George W. Bush e Al Gore foi decidida pelo Colégio Eleitoral, mesmo com Gore tendo recebido mais votos populares. Em 2016, Donald Trump venceu a presidência pelo Colégio Eleitoral, apesar de Hillary Clinton ter obtido mais votos populares.
Portanto, as eleições presidenciais dos Estados Unidos são um processo complexo que combina o voto popular com um sistema de representação estadual, garantindo que tanto a população quanto os estados tenham uma voz na escolha do presidente.

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