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O Hospital Geral do Grajaú, sob gestão do Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês, tem o desafio de aumentar as doações de leite materno para atender à demanda de recém-nascidos internados em sua UTI Neonatal

Amamentar é um ato de amor da mãe para com seu bebê. Já a doação de leite materno é um ato de solidariedade que, literalmente, salva vidas. Para o Hospital Geral do Grajaú (HGG), instituição sob gestão do Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês (IRSSL), as doações para o banco de leite são essenciais para atender os bebês recém-nascidos, internados na UTI Neonatal do hospital.
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Rico em nutrientes, anticorpos e enzimas que ajudam a fortalecer o sistema imunológico dos recém-nascidos, o leite materno é um alimento completo. No entanto, nem todas as mães conseguem amamentar seus filhos por diversos motivos e os bebês prematuros, principalmente, precisam deste leite para se desenvolverem.
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“O leite materno é importante para o crescimento e desenvolvimento dos bebês prematuros. Ele possui, por exemplo, o DAH (ácido docosahexaenóico) e as imunoglobulinas, que normalmente os bebês recebem da mãe no final da gestação. Mas, quando eles nascem prematuramente, acabam não recebendo. Então, quando eles recebem o leite materno, ingerem também essas imunoglobulinas da doadora. Eles também precisam ganhar peso e o leite materno é mais gorduroso e tem mais nutrientes do que a fórmula, sendo essencial para o desenvolvimento, explica a médica Patrícia M. Terrivel, pediatra e neonatologista do Instituto Sírio-Libanês e responsável pelo banco de leite do Hospital Geral do Grajaú, em São Paulo.
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Qualquer quantidade ajuda: até 1 ml de leite materno pode ser suficiente para nutrir um bebê prematuro cada vez que ele for amamentado. A médica explica que, enquanto ele está recebendo leite, recebe um soro em paralelo para completar a oferta necessária de nutrientes. Dessa forma, 10ml podem alimentar até dez recém-nascidos diariamente.
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Todo leite doado ao banco de leite do HGG é pasteurizado. Dessa forma, a instituição garante que o leite seja seguro e de qualidade, seguindo rigorosos padrões de higiene e controle, uma vez que as doadoras também passam por uma triagem infecciosa. Uma vez pasteurizado, ele dura até seis meses dentro do freezer. No entanto, a médica conta que nunca chegam a esperar seis meses, pois a quantidade de doadoras é baixa e a necessidade, muito grande.
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“Toda mulher que amamenta é uma potencial doadora, basta ser saudável e não tomar nenhum medicamento que interfira na amamentação. Além disso, o peito não é estoque, ele é fábrica. Quanto mais ela colocar a criança para mamar, mais ela vai produzir leite. Dessa forma, quando a mulher está amamentando e percebe que está vazando leite do outro lado, ou que, na hora do banho, tem que fazer uma ordenha de alívio para não empedrar o peito, esse leite está excedente. Então, esse pouquinho que ela conseguir tirar já ajuda outras crianças”, explica a Dra. Patrícia.
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Saiba como doar
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Para doar leite para o Hospital Geral do Grajaú, é importante morar na área de cobertura do hospital, estar em fase de amamentação, apresentar exames pré ou pós-natal compatíveis com a doação de leite; não fumar; não ingerir bebidas alcoólicas ou drogas ilícitas.
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Todas as lactantes cadastradas recebem um kit completo para retirada do leite e materiais educativos. A coleta pode ser feita em ambiente hospitalar, nas salas especializadas dentro do próprio HGG, ou em retirada domiciliar, feita por uma equipe técnica que visita as doadoras semanalmente. As interessadas podem fazer o cadastro diretamente no Banco de Leite Humano do hospital pelo telefone (11) 3544-9444 (ramal 217).

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