
Das quentinhas para descarte correto, a cozinheira faz a parte dela e mostra que você também pode. Assim, o Rio fica melhor para todo mundo. Rio de agora
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Da cozinha da moradora Glauce Rangel, 50 anos, sai muita batata frita e filés à milanesa que agradam os clientes das quentinhas que ela prepara, em Realengo, zona oeste do Rio. Nesses processos, o óleo não pode ser reaproveitado e, em uma semana, cerca de sete garrafas pets são preenchidas com o produto.
Além do exemplo dos lugares que trabalhou, ela teve há muito tempo uma experiência própria que serviu de lição para nunca mais despejar o óleo de cozinha usado na pia.
“Uma vez joguei e minha pia e entupiu, meu marido falou à beça e nunca mais fiz isso, sempre boto na garrafa de plástico”, relembra.
Na continuidade desse ciclo, o óleo usado nos preparos das até 20 quentinhas diárias, de segunda a sexta, viram sabão nas mãos de uma cooperativa que recolhe as garrafas na casa dela.
A consciência de tomar atitudes que tornam o Rio melhor para todo mundo é também aplicada para as sobras dos preparos.
“Tem um vizinho que cria animais e usa os resíduos dos alimentos para eles e como adubo para as plantas. Então, separo e dou pra ele as cascas de ovos, talos e folhas que não usei. Quando começa a ter maracujá ele vem me dar”, comemora Glauce.
É nesse ciclo sustentável em que a cozinheira entrou que a Águas do Rio incentiva toda a população a mergulhar. Com cada um fazendo a sua parte e atuando coletivamente, o Rio fica melhor para todo mundo.
O problema do descarte incorreto
Você sabia que a gordura do óleo de cozinha vira um bloco sólido capaz de entupir tubulações e comprometer o fluxo da rede? Quando entra em contato com a água fria, o ingrediente tão presente nas cozinhas brasileiras vira um vilão das tubulações.
Na sua casa, pode gerar o retorno do esgoto para o imóvel, mau cheiro, extravasamentos em vias públicas e ainda atrair ratos, baratas e outros animais. Da calçada para fora, se chegar nas redes pluviais, polui rios, lagoas e o mar.
Além disso, ao virar uma pedra parecida com concreto, o óleo de cozinha descartado de forma errada vai demandar um esforço tremendo para ser retirado da rede, envolvendo até quebrar o asfalto e trocar toda a tubulação. É um transtorno sem fim, que pode ser solucionado se cada um fizer a sua parte.
Destine em um ponto de coleta
Seja em iniciativas individuais de instituições ou em pontos de coleta públicos, o óleo de cozinha guardado por você precisa ter uma destinação adequada. Para auxiliar os cariocas nessa missão, a Águas do Rio lançou o programa de descarte “De olho no óleo”.
É só você levar seu óleo usado em garrafas pet nos locais e ele será encaminhado para indústrias que têm o resíduo como matéria-prima de seus produtos.
Já existem pontos de coleta nos bairros de Copacabana, Botafogo, Laranjeiras e Cosme Velho, na zona sul da capital, em Rio Bonito, na Região Metropolitana, e em Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Mesquita e Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
Uma empresa de refino certificada fica responsável por encaminhar o óleo, e você fica com a consciência tranquila de ter feito a coisa certa, protegendo o meio ambiente, deixando o sistema de esgoto mais eficiente e participando de um círculo virtuoso de geração de renda sustentável.