A juíza vinha atuando em diversos processos em que PMs de São Gonçalo eram acusados de forjar autos de resistência, isto é, mortes de suspeitos em confronto com a polícia. Ela estava sem escolta oficial por decisão do então presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Luiz Zveiter.
Por Redação, com agências de notícias – do Rio de Janeiro
O assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli, completou 10 anos nesta quarta-feira, morta com 21 tiros em uma emboscada na frente de sua casa em Piratininga, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, em 2011.

Patricia era titular da Quarta Vara Criminal de São Gonçalo quando foi assassinada e tinha 47 anos. Como juíza, ela prendeu mais de 60 policiais militares. Seus três filhos estavam em casa no momento do crime.
A juíza vinha atuando em diversos processos em que PMs de São Gonçalo eram acusados de forjar autos de resistência, isto é, mortes de suspeitos em confronto com a polícia. Ela estava sem escolta oficial por decisão do então presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Luiz Zveiter.
Ao todo, 11 policiais foram condenados no crime, dois oficiais e nove praças. Os dois oficiais ainda estão na Polícia Militar recebendo salário. Os praças foram expulsos da corporação.
ONG Rio de Paz
A ONG Rio de Paz fez um ato em memória da juíza Patrícia Acioli, nesta quarta-feira. O protesto foi na “árvore da Patrícia”, onde há uma placa em homenagem à juíza, no calçadão da praia de Icaraí, em frente à reitoria da UFF (Universidade Federal Fluminense), em Niterói. No local, a ONG depositará 21 rosas.
– Foi um crime gravíssimo, covarde, um atentado ao estado democrático de direito, uma vez que atentaram contra um dos poderes da república. A juíza Patricia Acioli foi morta por cumprir a sua função de combater os autos de resistências forjados por PMs – disse o presidente da ONG, Antonio Carlos Costa.