História
No século XI, um grupo de homens dispostos a seguir Jesus Cristo se reuniu no Monte Carmelo, na Terra Santa. Lá construíram uma capela em honra de Nossa Senhora. O local já era considerado sagrado desde tempos imemoriais (cf. Is 33,9; 35,2; Mq 7,14) e se tornara célebre pelas ações do profeta Elias (1 Rs 18). A palavra “carmelo” quer dizer jardim ou pomar. Nasciam ali os carmelitas, ou a Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo.
Tempos depois, expulsos dos Monte Carmelo pelos muçulmanos, os carmelitas se mudaram para a Europa, onde passaram por grandes dificuldades. Os frades carmelitas encontravam forte resistência de outras ordens religiosas para a sua inserção. Eram hostilizados e até satirizados por sua maneira de se vestir.
O superior geral da ordem era São Simão Stock, homem de fé e grande devoto de Nossa Senhora. No dia 16 de julho de 1251, quando rezava em seu convento de Cambridge, na Inglaterra, São Simão pediu a Nossa Senhora um sinal de sua proteção que fosse visível também para os seus adversários. Teve então a visão em que Nossa Senhora lhe entrega o escapulário, com a promessa:
“Recebe, filho amado, este escapulário. Todo o que com ele morrer, não padecerá a perdição no fogo eterno. Ele é sinal de salvação, defesa nos perigos, aliança de paz e pacto sempiterno”.
O escapulário era o avental usado pelos monges durante o trabalho para não sujar a túnica. Colocado sobre as escápulas (ombros), é uma peça do hábito que ainda hoje todo carmelita usa. Estabeleceu-se também o escapulário reduzido para ser dado aos fiéis leigos, após a visão de São Simão Stock. Dessa forma, quem o usasse poderia participar da espiritualidade do Carmelo e das grandes graças que a ele estão ligadas: entre outras, o privilégio sabatino (veja logo abaixo).