Copacabana, ou Copa para os íntimos, já nasceu internacional. A origem de seu nome, por exemplo, possui diversas versões e todas relacionadas a idiomas estrangeiros. Mas não é só isso. A construção do tradicionalíssimo Copacabana Palace e outros fatores foram fundamentais para a “internacionalização da marca”. Entretanto, nem só de “gringos” vive o bairro, que aos poucos foi se urbanizando e entrando no contexto da cidade.
ORIGEM DO NOME
Primeiramente, é importante ressaltar que o nome Copacabana surgiu depois. Antes disso, a região era chamada de Sacopenapã, uma palavra em tupi que significa “caminho de socós”.
Como mencionado anteriormente, o nome Copacabana nasceu internacional. E por quê? Pois essa nomenclatura é relacionada a outros países, tendo várias versões. Entre muitas, uma faz referencia à língua quichua, falada no antigo Império Inca. Nesse idioma, Copacabana significa “lugar luminoso”, “praia azul” ou “mirante do azul”.
Outra hipótese diz que o termo é de origem aimará, língua que era falada na Bolívia. O significado é “vista do lago”. Na Bolívia, Copacabana é o nome dado a uma cidade situada às margens do Lago Titicaca, fundada sobre um antigo local de culto inca. Supõe-se que nesse local, antes da chegada dos colonizadores espanhóis, ocorria o culto a uma divindade chamada Kopakawana, que de acordo com a cultura local protegeria o casamento e a fertilidade das mulheres.
NOSSA SENHORA DE COPACABANA
No século XVII, comerciantes bolivianos e peruanos de prata (chamados na época de “peruleiros”) trouxeram uma réplica da imagem de Nossa Senhora de Copacabana para a praia do Rio de Janeiro. Sobre um rochedo, construíram uma capela em homenagem à santa.
FORTE DE COPACABANA
Já no século XX, em 1914, a capela foi demolida. Em seu lugar foi erguido o atual Forte de Copacabana.
Até o final do século XIX, Copacabana era um local de difícil acesso. Basicamente era um grande areal, onde viviam alguns pescadores. Além deles, lá se encontrava o Forte Reduto do Leme, a pequena Igreja de Nossa Senhora de Copacabana e chácaras e sítios.
URBANIZAÇÃO
Isso começou a mudar em 1892. Com a inauguração do Túnel de Copacabana, batizado de Túnel Alaor Prata e conhecido como Túnel Velho, o bairro passou a ter mais integração com o restante da cidade do Rio de Janeiro.
Já em 1906, o Prefeito Pereira Passos construiu o famoso calçadão, que tornou-se um dos grandes símbolos do bairro, e um dos primeiros responsáveis pela fama internacional.
COPACABANA PALACE
Mas foi em 1923, que outra inauguração mudou a história do bairro. Começou a funcionar na Avenida Atlântica o Hotel Copacabana Palace, outro ícone da região e até mesmo da cidade. Se por um lado o túnel trouxe a cidade ao bairro, foi o famoso e luxuoso hotel que trouxe o mundo à Copacabana.
CABO SUBMARINO
Porém, a integração com o mundo já havia ocorrido anteriormente com um fato histórico. Em 1872, o riquíssimo Barão de Mauá conquistou o direito de, por 20 anos, lançar cabos submarinos e explorar a telegrafia elétrica entre o Brasil e a Europa através da Brazilian Submarine Telegraph Company. Os trabalhos começaram num terreno desmembrado da Fazenda de Copacabana, na praia das Pescarias, atual Posto Seis. De Copacabana o Brasil foi ligado à Europa.
MODERNIZAÇÃO
Nos anos 1970, muitas obras foram feitas no bairro. Elas ajudaram a deixar Copacabana parecida com o que é atualmente. Já em 1992, começaram os shows no réveillon do bairro, tendo na estreia shows de Jorge Benjor e Tim Maia. O bairro sempre foi muito forte culturalmente. Sem falar que vários são os artistas, políticos, intelectuais e pessoas influentes que moram ou moraram em Copacabana.