Itamberg Oliveira Saldanha foi preso em flagrante na terça-feira (18). Ele usava o nome e CRM de um médico verdadeiro e fez, desde janeiro, mais de 3 mil atendimentos na UPA de Realengo. Uma paciente com bronquite que foi atendida pelo falso médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Realengo, na Zona Oeste do Rio, disse que foi maltratada pelo homem e que recebeu um atestado com o nome de outra médica.
“Ele ficou falando primeiro que era coisa da minha cabeça. Até parece que eu não sei que eu tenho bronquite. Depois falou que viu que eu estava com bronquite atacada e eu estava chiando. Me passou nebulização e me passou, depois, um Diazepam. E depois, me liberou para o trabalho”, disse a mulher, sem se identificar.
“Eu não tinha condições de trabalhar, eu tava drogada com remédio. Uma pessoa do trabalho me levou de volta pra UPA. Quando nós voltamos, o médico tratou a gente super mal, muito ignorante. Ficou ainda falando que a gente era sem estudo porque trabalhava em mercado. Ele deu um atestado falando ainda que era no nome de uma amiga, que ele não ia carimbar com o nome dele, ele deu um atestado com o nome de outra médica”.
Uma outra família também procurou a Polícia Civil para denunciar o caso. A filha de uma idosa de 65 anos contou à polícia que achou estranho o atendimento dado pelo falso médico à sua mãe durante internação em Realengo. A idosa chegou a ser transferida para o Hospital de Anchieta, mas acabou morrendo.
Itamberg Oliveira Saldanha, de 31 anos, foi preso em flagrante, nesta terça-feira (18), na UPA. Segundo a polícia, desde janeiro, ele fez mais de três mil atendimentos — 70 por plantão — usando o nome de outro médico, e recebeu cerca de R$ 100 mil do governo do estado, já que era empregado terceirizado.
Médico verdadeiro denunciou o caso
A investigação começou quando o verdadeiro médico Álvaro Pereira Carvalho registrou queixa na 12º DP (Copacabana) sobre o uso de seu nome e registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) indevidamente na UPA de Realengo.
Com os documentos do verdadeiro médico, Itamberg receitou medicações, assinou atestados de óbitos, abriu uma conta num banco em nome de Álvaro – para receber pagamento do salário – e até tomou as duas doses da vacina contra a Covid-19.
O verdadeiro médico diz que no certificado de vacinação dele constam a aplicação de quatro doses da vacina. Ele foi imunizado nos dias 21 de janeiro e 12 de fevereiro. Mas no certificado de Álvaro consta também que ele recebeu o imunizante nos dias 25 de janeiro e 10 de março, na UPA de Realengo.
A delegada que investiga o caso disse que uma equipe de investigadores foi até a unidade de saúde e constatou a veracidade da queixa feita pelo verdadeiro Álvaro Carvalho.
“A pessoa que se passava pelo médico fez mais de três mil atendimentos. Ele chegou a assinar certidão de óbito, atestados médicos e a fornecer receituários médicos. Ele tomou a vacina utilizando-se do nome do médico. Esse médico teve dificuldade em se vacinar por causa disso”, disse a delegada Bianca Lima.
“A gente tem a informação também que ele abriu conta e recebia pela empresa terceirizada que o contratou numa conta que abriu no nome do médico verdadeiro”.
Em depoimento informal na delegacia, Itamberg disse que era estudante de medicina e que cursou até o 6º período numa faculdade particular, mas não teve dinheiro para concluir o curso.
A polícia disse que o falso médico cometeu vários crimes. Ele vai responder, entre outras coisas, por exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica.
O que diz a Secretaria Estadual de Saúde
A Secretaria Estadual de Saúde disse que vai um abrir um processo administrativo para apurar a contratação do falso médico.
Informou também que a coordenação da UPA de Realengo está colaborando integralmente com a Polícia Civil na investigação do caso.
“Ele ficou falando primeiro que era coisa da minha cabeça. Até parece que eu não sei que eu tenho bronquite. Depois falou que viu que eu estava com bronquite atacada e eu estava chiando. Me passou nebulização e me passou, depois, um Diazepam. E depois, me liberou para o trabalho”, disse a mulher, sem se identificar.
“Eu não tinha condições de trabalhar, eu tava drogada com remédio. Uma pessoa do trabalho me levou de volta pra UPA. Quando nós voltamos, o médico tratou a gente super mal, muito ignorante. Ficou ainda falando que a gente era sem estudo porque trabalhava em mercado. Ele deu um atestado falando ainda que era no nome de uma amiga, que ele não ia carimbar com o nome dele, ele deu um atestado com o nome de outra médica”.
Uma outra família também procurou a Polícia Civil para denunciar o caso. A filha de uma idosa de 65 anos contou à polícia que achou estranho o atendimento dado pelo falso médico à sua mãe durante internação em Realengo. A idosa chegou a ser transferida para o Hospital de Anchieta, mas acabou morrendo.
Itamberg Oliveira Saldanha, de 31 anos, foi preso em flagrante, nesta terça-feira (18), na UPA. Segundo a polícia, desde janeiro, ele fez mais de três mil atendimentos — 70 por plantão — usando o nome de outro médico, e recebeu cerca de R$ 100 mil do governo do estado, já que era empregado terceirizado.
Médico verdadeiro denunciou o caso
A investigação começou quando o verdadeiro médico Álvaro Pereira Carvalho registrou queixa na 12º DP (Copacabana) sobre o uso de seu nome e registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) indevidamente na UPA de Realengo.
Com os documentos do verdadeiro médico, Itamberg receitou medicações, assinou atestados de óbitos, abriu uma conta num banco em nome de Álvaro – para receber pagamento do salário – e até tomou as duas doses da vacina contra a Covid-19.
O verdadeiro médico diz que no certificado de vacinação dele constam a aplicação de quatro doses da vacina. Ele foi imunizado nos dias 21 de janeiro e 12 de fevereiro. Mas no certificado de Álvaro consta também que ele recebeu o imunizante nos dias 25 de janeiro e 10 de março, na UPA de Realengo.
A delegada que investiga o caso disse que uma equipe de investigadores foi até a unidade de saúde e constatou a veracidade da queixa feita pelo verdadeiro Álvaro Carvalho.
“A pessoa que se passava pelo médico fez mais de três mil atendimentos. Ele chegou a assinar certidão de óbito, atestados médicos e a fornecer receituários médicos. Ele tomou a vacina utilizando-se do nome do médico. Esse médico teve dificuldade em se vacinar por causa disso”, disse a delegada Bianca Lima.
“A gente tem a informação também que ele abriu conta e recebia pela empresa terceirizada que o contratou numa conta que abriu no nome do médico verdadeiro”.
Em depoimento informal na delegacia, Itamberg disse que era estudante de medicina e que cursou até o 6º período numa faculdade particular, mas não teve dinheiro para concluir o curso.
A polícia disse que o falso médico cometeu vários crimes. Ele vai responder, entre outras coisas, por exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica.
O que diz a Secretaria Estadual de Saúde
A Secretaria Estadual de Saúde disse que vai um abrir um processo administrativo para apurar a contratação do falso médico.
Informou também que a coordenação da UPA de Realengo está colaborando integralmente com a Polícia Civil na investigação do caso.