Lei federal determina afastamento de atividades presenciais na pandemia. Após conversarem, titulares das pastas de Educação e Saúde chegaram à conclusão que elas só devem voltar 14 dias após tomar a 2ª dose. Grávidas, que ainda não foram vacinadas, são chamadas para retornar ao trabalho presencial na rede municipal de educação
Grávidas que trabalham na rede municipal de Educação do Rio de Janeiro foram chamadas para retornar trabalho presencial – muitas ainda não foram vacinadas e temem uma possível contaminação pelo novo coronavírus.
Uma lei federal determina o afastamento de gestantes e mulheres que estão amamentando.
“A gente tem medo de ser infectada e precisar, por algum motivo, nos afastar dos nossos filhos, não poder amamentar”, diz uma grávida que está prestes a dar à luz.
Outro que trabalha com crianças com necessidades especiais explica como é difícil explicar a necessidade de medidas de distanciamento social para os alunos.
“Eu trabalho com crianças especiais e não tem como impedir uma criança autista, uma criança que tenha síndrome de Down, ou qualquer outro tipo de deficiência, que está afastada da escola há mais de um ano, de chegar e me dar uma abraço. Então eu tenho muito medo”, afirmou outra.
Os relatos de grávidas e lactantes da rede pública de ensino do Rio mostram tensão por causa de um chamado da prefeitura para voltar ao chamado – mesmo sem vacina.
“Nós recebemos um documento dizendo que nós temos até o dia 31, para quem tem comorbidade, apresentar um atestado com laudo para a Prefeitura do Rio. Se não, teremos que voltar no dia 1º de junho”.
O medo vai além da sala de aula. “Também tem a questão do transporte público. Eu, por exemplo, pego ônibus para ir e um ônibus para voltar que está cheio, lotado. Tem pessoas que pegam o BRT”.
A reivindicação das servidoras do município do Rio também está baseada em uma lei federal publicada pelo Palácio do Planalto na última quinta-feira (13).
O texto determina o afastamento de atividades presenciais de funcionárias grávidas e lactantes durante a pandemia.
De acordo com as denúncias, as grávidas e lactantes chamadas para o trabalho presencial não apresentam comorbidades.
Segundo a pesquisadora da UFRJ, Chrystina Barros, por conta das modificações do corpo durante a gravidez, a gestante é mais vulnerável a complicações da Covid.
“Nós sabemos, sim, que existem equipamentos de proteção individual e existem rotinas que podem garantir mais segurança para o trabalhador no exercício de suas funções. Mas até por força da lei, as grávidas estão preservadas por serem esse grupo de risco”.
De acordo com o calendário de vacinação do município, gestantes e lactantes sem comorbidades só poderão se vacinar a partir do mês de junho, seguindo o critério de idade.
“A vacinação na lactante não protege apenas uma vida – protege duas vidas. Então a gente vem buscando por isso, a gente quer voltar ao trabalho, mas a gente quer voltar ao trabalho protegida”.
Mesmo sem a vacina, uma das gestantes já retornou.
“Sou servidora da prefeitura, trabalho com Educação. Estou gestante e ainda não fui vacinada porque não tenho comorbidades. Voltei a trabalhar presencialmente. Na minha escola, as crianças ainda não voltaram, porém já tiveram casos confirmados de Covid”.
Na manhã desta quarta-feira (19), o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, informou não estar especificado no decreto nada sobre grávidas sem comorbidades.
Nova determinação
Após conversarem, ele e o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz decidiram que as grávidas só devem retornar ao trabalho 14 dias após tomarem a segunda dose da vacina.
A determinação será publicada pela prefeitura em novo comunicado.
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Grávidas que trabalham na rede municipal de Educação do Rio de Janeiro foram chamadas para retornar trabalho presencial – muitas ainda não foram vacinadas e temem uma possível contaminação pelo novo coronavírus.
Uma lei federal determina o afastamento de gestantes e mulheres que estão amamentando.
“A gente tem medo de ser infectada e precisar, por algum motivo, nos afastar dos nossos filhos, não poder amamentar”, diz uma grávida que está prestes a dar à luz.
Outro que trabalha com crianças com necessidades especiais explica como é difícil explicar a necessidade de medidas de distanciamento social para os alunos.
“Eu trabalho com crianças especiais e não tem como impedir uma criança autista, uma criança que tenha síndrome de Down, ou qualquer outro tipo de deficiência, que está afastada da escola há mais de um ano, de chegar e me dar uma abraço. Então eu tenho muito medo”, afirmou outra.
Os relatos de grávidas e lactantes da rede pública de ensino do Rio mostram tensão por causa de um chamado da prefeitura para voltar ao chamado – mesmo sem vacina.
“Nós recebemos um documento dizendo que nós temos até o dia 31, para quem tem comorbidade, apresentar um atestado com laudo para a Prefeitura do Rio. Se não, teremos que voltar no dia 1º de junho”.
O medo vai além da sala de aula. “Também tem a questão do transporte público. Eu, por exemplo, pego ônibus para ir e um ônibus para voltar que está cheio, lotado. Tem pessoas que pegam o BRT”.
A reivindicação das servidoras do município do Rio também está baseada em uma lei federal publicada pelo Palácio do Planalto na última quinta-feira (13).
O texto determina o afastamento de atividades presenciais de funcionárias grávidas e lactantes durante a pandemia.
De acordo com as denúncias, as grávidas e lactantes chamadas para o trabalho presencial não apresentam comorbidades.
Segundo a pesquisadora da UFRJ, Chrystina Barros, por conta das modificações do corpo durante a gravidez, a gestante é mais vulnerável a complicações da Covid.
“Nós sabemos, sim, que existem equipamentos de proteção individual e existem rotinas que podem garantir mais segurança para o trabalhador no exercício de suas funções. Mas até por força da lei, as grávidas estão preservadas por serem esse grupo de risco”.
De acordo com o calendário de vacinação do município, gestantes e lactantes sem comorbidades só poderão se vacinar a partir do mês de junho, seguindo o critério de idade.
“A vacinação na lactante não protege apenas uma vida – protege duas vidas. Então a gente vem buscando por isso, a gente quer voltar ao trabalho, mas a gente quer voltar ao trabalho protegida”.
Mesmo sem a vacina, uma das gestantes já retornou.
“Sou servidora da prefeitura, trabalho com Educação. Estou gestante e ainda não fui vacinada porque não tenho comorbidades. Voltei a trabalhar presencialmente. Na minha escola, as crianças ainda não voltaram, porém já tiveram casos confirmados de Covid”.
Na manhã desta quarta-feira (19), o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, informou não estar especificado no decreto nada sobre grávidas sem comorbidades.
Nova determinação
Após conversarem, ele e o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz decidiram que as grávidas só devem retornar ao trabalho 14 dias após tomarem a segunda dose da vacina.
A determinação será publicada pela prefeitura em novo comunicado.
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