Segundo dados do Sebrae-RJ, 748 mil pequenas empresas são administradas por mulheres. Elas correspondem a 36% dos empreendedores do estado. Beatriz foi uma das empreendedoras que precisaram se reinventar durante a pandemia.
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Empreendedoras do RJ precisaram se reinventar para enfrentar a crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus.
No começo, Bianca Ramos fazia bolos apenas para a família e amigos. Ter uma empresa era apenas um sonho. Aos poucos, outras pessoas começaram a conhecer os doces.
“De fato, ficou insustentável produzir tantos bolos dentro do meu apartamento. Eu montei uma pequena cozinha industrial – foi um sucesso. Em pouquíssimo tempo, eu estava fornecendo para redes de cafeteria, hospitais, shoppings, escolas e muitos outros lugares”.
Os pedidos aumentaram e na pandemia começou o serviço de delivery – a empresa não para de crescer.
“Em 2019, eu tive mais uma expansão do meu negócio. Em 2020, também fui surpreendida com a pandemia. Mas nós, empreendedoras, somos persistentes”.
As mulheres que querem ter seu próprio negócio têm que enfrentar desafios. Entre eles, a carga horária dedicada à empresa.
“Dados do Sebrae indicam que as mulheres gastam, por semana, 10,4 horas a mais com as atividades domésticas, com seus filhos, com seus pais e com suas comunidades que os homens. Isso faz com que elas estejam menos tempo à frente de seus negócios e, com isso, elas têm seu faturamento diminuído”, explicou a coordenadora do do Comunidade Sebrae, Carla Panisset.
Segundo dados do Sebrae-RJ, são 748 mil donas de pequenas empresas. As mulheres correspondem a 36% dos empreendedores do estado. Mas foram os negócios delas que mais sofreram o impacto do coronavírus.
“Entre 2016 e 2019, a participação feminina nos negócios aumentou. Infelizmente por conta da pandemia, em 2020, perdemos 1,3 milhão de mulheres à frente de seus negócios. Então a crise impactou os negócios liderados por homens e por mulheres, mas esse impacto muito maior para as empreendedoras”, afirmou Carla.
E foi na crise que elas fizeram da criatividade um diferencial. “Elas tentaram inovar nos seus negócios para dar conta da crise. Também foi responsabilidade das mulheres uma maior participação nas redes sociais para a venda dos seus produtos ou serviços”.
Se tem uma qualidade feminina que faz toda a diferença na hora de criar ou administrar uma empresa é a capacidade de criar estratégias. Com tecnologia e muita boa vontade, a empreendedora de alimentação vegana/vegetariana Lúcia Giarolla aumentou a produtividade durante a pandemia.
“Nós temos um aplicativo na internet e mandávamos mensagens pelo WhatsApp para as pessoas fazerem seus pedidos. Elas enviavam e nós entregávamos. Então, foi muito importante esse contato tecnológico. Meus clientes começaram a comprar cada vez mais. Esse amor que temos pelo que fazemos faz toda a diferença”.
No site do Sebrae é possível obter sobre como começar e manter um negócio.
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