Como entender a complexidade do sexo antes de ter feito sexo? É o que pedimos aos adolescentes. Numa fase da vida com os hormônios em ebulição queremos responsabilidade sexual mesmo que não tenham sido orientados. Não acredito que a primeira experiência sexual deva ter um caráter cronológico já que tudo depende da maturidade, revelada pela habilidade de decidir pelo sim ou não. Mas, por vezes, mais do que tesão, o motor de arranque das relações sexuais, é o medo de não ser aprovado. A insegurança, presente numa época onde é berrante a insatisfação corporal, a dúvida com o futuro e as dificuldades no convívio com os pais, aumenta a vulnerabilidade e diminui a auto-estima: palavra-chave para poderem ter uma atitude saudável diante dos prazeres e riscos sexuais. Hoje eles são bombardeados com informações e produtos destinados à sexualidade, à pornografia e ao erotismo, com divulgações que visam tanto a excitação como o consumo. A economia, sustentada pelo desejo, tem nessa fase da vida o início de um relacionamento com um futuro consumidor dos produtos oferecidos. Mas, ainda que vendam a imagem de tantos prazeres encontrados no sexo, não admite-se isso aos adolescentes. Todo mundo sabe que os adolescentes têm medo da camisinha pois ela quebra a continuidade do ato. Muitos acham que na hora H, o bichinho vai pensar que é uma toquinha de dormir e cair no sono. Eles pedem à sexualidade um desempenho que não basta ser normal, tem que sentir orgulho em ser um atleta sexual. Mas, até os atletas precisam treinar para chegar onde chegaram. E o que falar das meninas? Elas têm uma visão idealizada de amor e sexo, mas ainda assim, entram na vida sexual sem envolvimento emocional.

Nós, sejamos pais ou educadores, precisamos estabelecer relações mais saudáveis com maior capacidade de comunicação. Que possamos oferecer um lugar com espaço para falar verdadeiramente sobre todo e qualquer sentimento.

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