Prazer, pode me chamar de orgasmo!

Hoje as mulheres afirmam que gozam. E várias vezes, e em várias posições e em vários lugares. Sexo foi feito para sentir prazer e não se pode mais ficar de fora. Mas se o patriarcalismo ainda nos amarra às suas correntes invisíveis não precisamos usar os mesmos métodos masculinos para nos satisfazermos sexualmente. Não estou dizendo que elas não sintam prazer, mas seguir uma indicação de um orgasmo que não é o delas é afirmar que tem medo de serem inferiores sexualmente. Mas se com eles o orgasmo é sinônimo de satisfação sexual, com elas a satisfação vai além do sexo ou da penetração. Encontra-se também no romantismo e na cumplicidade. Há quem diga que se eles querem ter orgasmos, elas  preferem ter carinho. Para a mulher pouco vale gozar na cama e não se sentir realizada fora dela.

Falando assim pode parecer que a ala masculina não se preocupa com o prazer feminino. Mas as coisas mudaram ali também. Quase todos procuram pelo orgasmo dela e muitos sofrem com essa busca. E se elas resolverem fingir, eles não sabem se passaram no teste de habilidade ao qual foram submetidos, muitas vezes por eles próprios. Assim, é mais produtivo quando pode dizer sobre o que sente, evitando cobranças, já que homens e mulheres têm versões diferentes sobre o que entendem como prazer.

Se está insatisfeita com a sua sexualidade é preciso inovar, pesquisar novos caminhos e se acostumar com a idéia de sentir prazer. A mulher pode ter conquistado milhões de coisas,se libertou dos espartilhos, pode votar, ter o carro do ano e um chefe maravilhoso, mas se estiver faltando a permissão ao seu direito pelo gozo, sua felicidade não estará completa. Negar o orgasmo é negar seu direito. Lutar pelas mesmas condições de trabalho é tão importante quanto querer as mesmas oportunidades na cama. E assim poderemos sentir o orgasmo na mesma intensidade que pensamos sobre ele.Estamos abrindo um espaco para esclarecermos suas dúvidas. Caso tenha alguma, mande um email para consultoriodepsicologia@gmail.com e aguarde a publicação. Seu nome será mantido em sigilo.

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