Nossos pais têm uma enorme influencia na nossa vida sexual. Aqueles que possuem rígidos padrões ou que acreditam que a sexualidade é uma prática suja e vergonhosa, estarão contaminando a sexualidade dos seus filhos, ainda que nada seja dito sobre esse assunto. Ainda crianças, é introjetado o conceito passado como verdadeiro e, futuramente, elas podem inclusive evitar qualquer expressão de afeto que possa conduzir a situações tidas como arriscadas.  São esses os indivíduos que possivelmente na idade adulta terão dificuldade em reconhecer o prazer ou mesmo de se expressar sexualmente. Pra quem acha que é exagero, vale lembrar que o sexo é uma resposta sensorial e é por isso que os medos e as inibições refletem de uma forma tão direta sobre a sexualidade.

O outro lado também é verdadeiro: uma educação excessivamente permissiva também pode provocar distúrbios na vida sexual. A chave, como sempre, é o equilíbrio. Porém, anda difícil achá-lo quando a nossa sociedade, aparentemente mais permissiva, reproduz os modelos repressores do passado.

Nossa educação ainda não inclui um olhar respeitoso para a sexualidade. Assim, algumas pessoas vão procurar na psicoterapia o respeito por essa inegável esfera da sua personalidade. E é ali, na psicoterapia, que se viabilizará uma forma segura de enfrentar o passado e desmistificar os padrões assimilados na infância, avaliando os próprios sentimentos e conhecendo novas sensações.

Dra. Ana Paula Veiga.

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