Não tendo sido colonizada pelos portugueses, em virtude da hostilidade dos indígenas tupinambás (tamoios) e goitacás estabelecidos neste litoral, entre 1555 e 1567, a baía de Guanabara foi ocupada por um grupo de colonos franceses, sob o comando de Nicolas Durand de Villegagnon, que aqui pretendiam instalar uma colônia de povoamento, a chamada “França Antártica”.
Visando a evitar esta ocupação e a assegurar a posse do território para a Coroa Portuguesa, em 1º de março de 1565, foi fundada a cidade do Rio de Janeiro, por Estácio de Sá, vindo a constituir-se, por conquista, a Capitania Real do Rio de Janeiro.
POR QUE O RIO FOI CAPITAL?
No século XVIII, a capital do Brasil era Salvador, devido à cana de açúcar, mas foi transferida para a cidade do Rio de Janeiro, devido à consequência da nova realidade econômica a partir daquele mesmo século. Nos fins do século XVII, apareceram as primeiras notícias sobre a existência de metais preciosos no interior do território brasileiro, especialmente o ouro. Para lucrar com a extração aurífera, os portugueses criaram uma série de impostos e exigências na exploração das minas, com as vias de acesso sendo duramente fiscalizadas. Nesse conjunto de novas ações, a mudança da capital para o Rio de Janeiro foi uma importante ação para que os lucros da mineração fossem regulados.
SURGIMENTODAS FAVELAS
Durante os anos de 1800, o Rio foi palco de grandes acontecimentos políticos. Em 1889 uma mobilização militar foi responsável por derrubar a ordem imperial e instalar o regime republicano. Apesar da mudança de governo, o Rio de Janeiro continuou como capital do Brasil.
Reformas aconteceram no governo do presidente Rodrigues Alves, de 1902 a 1906. Os antigos cortiços da região central, então ocupados por pessoas de baixa condição econômica, foram tomados pelas autoridades. Os que tiveram suas casas tomadas foram obrigados a improvisar novas moradias em regiões próximas aos morros cariocas. Foi nesse momento que se formavam as primeiras favelas do Rio de Janeiro. Na década de 1920, as várias agitações e revoltas que marcaram a administração do presidente Arthur Bernardes reascendeu um antigo projeto: a mudança da capital brasileira para o interior do território brasileiro, em Brasília.