Foto: Amilton Saraiva, especialista em segurança de condomínios da GS Terceirização
As quadrilhas estão utilizando cada vez mais táticas bem-pensadas para realizar arrastões e assaltos. Na última quinta-feira (22), um grupo com no mínimo quatro integrantes levou dinheiro e joias de dois apartamentos em Higienópolis, região nobre do centro de São Paulo. A polícia suspeita que os assaltantes alugaram um apartamento no condomínio para planejar a ação, que rendeu cerca de 53 mil reais em moeda nacional e estrangeira.
De acordo com os agentes, não havia ninguém no primeiro imóvel, mas, no segundo, o grupo rendeu um pedreiro e três funcionárias. O caso remete à discussão da necessidade de otimizar a administração e também investir em segurança eletrônica, que dê mais autonomia aos moradores e os distancie do contato com estranhos na entrada do prédio, o que pode contribuir para a preservação da vida dos condôminos e demais funcionários.
Dessa forma, Amilton Saraiva, especialista em segurança de condomínios da GS Terceirização, aponta a necessidade de cuidados por parte da administração do condomínio, como não deixar ninguém entrar sem um cadastro, nem mesmo supostos compradores — segundo ele, essa ação deveria exigir uma documentação prévia dos envolvidos. “O proprietário tem que forçar uma situação nas administradoras que estão com o imóvel dele à venda, para que se faça uma pesquisa, vá mais de uma pessoa na visita ao local e crie uma estratégia de segurança”, aponta.
Situações que envolvem terceiros — como visitações — carecem de uma cautela maior, visto que são pessoas desconhecidas. Por isso a MinhaPortaria.com disponibiliza aos usuários um aplicativo de portaria remota que tem a finalidade de facilitar a relação com essa prestação de serviço e elevar a segurança dos moradores. “O nível de segurança é aumentado quando o usuário usa o aplicativo porque ele próprio faz as inserções e inclusões das solicitações no sistema” aponta Walter Uvo, especialista em tecnologia da empresa.
Além do mais, o sistema pode ajudar na investigação de casos como o de Higienópolis, pois a essência da prestação de serviço de portaria remota é o monitoramento e o armazenamento de imagens. O conteúdo fica salvo na nuvem, ou seja, mesmo que forem levadas, as imagens ficam salvas. Testemunhas afirmaram que os criminosos estavam armados e fizeram diversas ameaças enquanto saqueavam o local. O caso está sendo investigado pelo 23º DP (Perdizes), na zona oeste da capital.